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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Aumento de crimes homofóbicos preocupa instituições em PE

nstituições que defendem os direitos dos homossexuais estão preocupadas com o aumento de crimes com características homofóbicas - que é quando há preconceito contra gays, lésbicas e travestis. De acordo com um levantamento da Organização Não Governamental Leão do Norte, no ano passado foram registrados em Pernambuco 31 assassinatos.

A dor não passou e nem vai passar para a enfermeira Eleonora Pereira. “Quando permanece a mesma a gente pensa que ela vai diminuir, ela não diminui, ela aumenta”, disse.

O filho de Eleonora foi assassinado no dia 17 de outubro de 2010. José Ricardo Pereira da Silva tinha 24 anos. Era homossexual e por este motivo teria sido morto a pancadas no bairro de Jardim São Paulo, no Recife. Os dois acusados de cometer o crime estão presos à espera de julgamento.

A história de José Ricardo faz parte de uma realidade inaceitável: os crimes motivados pelo preconceito contra gays, lésbicas, transexuais e travestis. Um levantamento da ONG Leões do Norte mostra que, em Pernambuco, em 2011, a homofobia resultou na morte de 18 pessoas. Esse número quase dobrou em 2012, quando foram registrados 31 homicídios.

Para o diretor da instituição, Wellington Medeiros, a inexistência de leis mais rigorosas contribui para que crimes desse tipo continuem acontecendo. “Ter políticas em que combatam não só a violência, mas combata principalmente a questão do preconceito”, ressaltou.

No ano passado, as organizações não governamentais apresentaram à Secretaria de Defesa Social 27 casos que teriam como motivação a homofobia. “Desses casos, o Departamento de Homicídios junto com as outras unidades do estado passaram a investigar com prioridade e chegamos a 51% desses casos remetidos à Justiça, e 81% dos 27, ou seja, 22 casos já com a motivação delineada. E nenhum desses casos há conotação homofóbica na subjetividade da atuação do autor. Nós temos como motivação principal o crime passional e a segunda motivação seria o latrocínio [roubo seguido de morte]”, explicou Joselito Kehrle, diretor de polícia especializada.

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