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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Dilma diz que 'todos os países' são responsáveis por direitos humanos


A presidente Dilma Rousseff afirmou durante entrevista nesta terça (31) em Havana (Cuba) que a política de direitos humanos não pode ser transformada em "arma" de combate ideológico.
Indagada sobre o tema ao iniciar a entrevista, a presidente ressalvou que era preciso discutir o assunto a partir do que ocorre em todos os países.
"Não é possível fazer da política de direitos humanos uma arma de combate político-ideológico. O mundo precisa se convencer de que é algo que todos os países do mundo têm de se responsabilizar, inclusive o nosso", declarou.
"Quem atira a primeira pedra, tem telhado de vidro. Nós, no Brasil, temos os nossos. Concordo em falar de direitos humanos dentro de uma perspectiva multilateral", afirmou.

No último dia 19, o dissidente Wilman Villar Mendoza morreu em Cuba durante uma greve de fome.
No dia 25, o Ministério das Relações Exteriores concedeu visto para a jornalista e blogueira cubana Yoani Sánchez, visitar o Brasil. Ela é opositora do regime cubano e faz críticas ao que aponta como violações de direitos humanos na ilha. Mesmo com o visto, a blogueira necessita de autorização do governo de Cuba para deixar o país.
Sobre o caso da blogueira, Dilma afirmou que o Brasil fez a parte dele e que os próximos passos são com Cuba. "O Brasil deu seu visto para a blogueira. Agora, os demais passos não são da competência do governo brasileiro."
Fidel Castro
A presidente também afirmou que irá encontrar "com muito orgulho" o ex-mandatário cubano Fidel Castro durante a viagem. Por problemas de saúde, Castro deixou o poder em 2008 e transferiu as funções de chefe de estado para o irmão, Raúl Castro.
O encontro entre Dilma e Fidel Castro não tem horário nem local definidos por exigência do serviço de segurança do regime cubano.
Desenvolvimento de Cuba
A presidente Dilma Rousseff disse que o Brasil vai ajudar no desenvolvimento econômica de Cuba. Acordos na área de saude e de agricultura foram firmados nesta terça.
O Brasil aprovou a liberação de um crédito de cerca de US$ 70 milhões para auxiliar no desenvolvimento da agricultura familiar de Cuba. O crédito, segundo o governo brasileiro, era uma forte demanda do governo de Cuba e vai financiar a compra de maquinário e insumos agrícolas por pequenos agricultores cubanos.
O comércio bilateral entre Brasil e Cuba registrou valor recorde em 2011, totalizando US$ 642 milhões (31% a mais que 2010).

Ainda nesta terça, a presidente Dilma Rousseff vai visitar as obras no Porto de Mariel, que Fica a 50 km de Havana. Com o objetivo de transformar o Porto Mariel em um Terminal Internacional de Contêineres, serão investidos, em quatro anos, aproximadamente US$ 957 milhões – sendo US$ 682 milhões financiados pelo governo brasileiro e o restante pelo governo cubano. As obras foram iniciadas no primeiro trimestre de 2010 e devem estar concluídas em 2014.
O projeto prevê a construção de 18 km de estradas, mais de 63 km de estrutura para ferrovias e quase 13 km de vias ferroviárias.
Será realizada também a reabilitação de mais de 30 km de estradas, além da dragagem do Canal de Entrada e da Bacia de Manobras do futuro terminal, que terá capacidade de movimentação de 1 milhão de contêineres (TEU) por ano. No momento, 2.700 trabalhadores atuam nas obras que deve gerar 3 mil empregos diretos e aproximadamente 5 mil empregos indiretos.

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