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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

À revelia dos Estados nordestinos, Brasil decidirá em 2012 se constrói novas usinas nucleares

Leia com atenção, e caso seja contra a construção destas usinas no Brasil, assine o nosso abaixo-assinado!

O Brasil vai decidir em 2012 se seguirá ou não com o projeto para construção de pelo menos quatro novas usinas nucleares, como estava previsto até o início deste ano. O plano de expansão nuclear sofreu um duro golpe com acidente de Fukushima, em março de 2011. O vazamento de material radioativo no Japão --devido a um tsunami ocasionado por um terremoto-- teve impacto no outro lado do mundo e paralisou os projetos para instalação de novas usinas. Por enquanto, o plano brasileiro segue com a construção de Angra 3, que não foi paralisada após o acidente no Japão.

A meta inicial do governo federal era anunciar em 2011 o local onde duas novas usinas nucleares seriam construídas no Nordeste. Com o episódio, não só a definição das áreas ficou comprometida, como os Estados que até então lutavam para receber os empreendimentos agora mostram receio em receber os investimentos bilionários.

A Eletronuclear --empresa ligada à Eletrobras e responsável por operar e construir as usinas termonucleares do país-- informou ao UOL Notícias que, após a repercussão mundial causada pelo acidente de Fukushima, o Brasil vai rediscutir, em 2012, se os investimentos previstos serão levados adiante ou não. O debate será feito na elaboração do PNE (Plano Nacional de Energia) 2035, que será lançado pelo Ministério de Minas e Energia no próximo ano. "Esse documento vai definir o planejamento energético brasileiro para as próximas décadas e dizer qual será a contribuição futura da energia nuclear", afirmou Leonam dos Santos Guimarães, assistente da Presidência da Eletronuclear.

Segundo o PNE 2035, o governo federal tinha como meta investir R$ 20 bilhões nos próximos anos, ou seja, R$ 5 bilhões em cada uma das quatro unidades de 1.000 megawatts --sendo duas no Nordeste e duas no Sudeste. "O pagamento [do investimento] se dará ao longo de 15 anos e será acrescido de juros. E o investimento poderá ser amortizado durante o período a partir da geração de caixa da própria usina. Como a vida útil do empreendimento supera os 60 anos, a nova usina nuclear produzirá eletricidade e proporcionará significativo retorno durante quase meio século após a amortização do investimento inicial", explicou.

A Eletronuclear afirma que já tem um mapa nacional com 40 áreas, identificadas como aptas para o recebimento de novas usinas nucleares. Segundo Guimarães, o processo ficou paralisado nos últimos meses por conta de novas avaliações sobre a segurança da energia nuclear. "[O acidente de Fukushima] está promovendo em todo o mundo novos estudos, debates e posicionamentos, que, obviamente, estão retardando eventuais tomadas de decisão sobre novos empreendimentos nucleares”, alegou.

Apesar da necessidade de investimentos, que serão definidos no PNE 2035, a Eletronuclear diz que não há motivo para abortar a ideia de construir novas usinas nucleares no país, a exemplo das já existentes em Angra dos Reis (RJ). "É justa a preocupação da sociedade, e cabe à Eletronuclear demonstrar com transparência seus procedimentos e evidenciar a segurança de suas operações. Mas o acidente nuclear no Japão não implica em elementos objetivos que possam alterar os rumos atuais do Programa Nuclear Brasileiro, a não ser a incorporação das lições técnicas que estão sendo aprendidas, que aperfeiçoarão sua segurança num processo de melhoria contínua", disse Guimarães.

Para garantir a segurança das operações, a Eletronuclear elaborou um plano de resposta ao acidente de Fukushima, onde definiu ações para aprimorar a segurança das usinas nucleares brasileiras. "O programa contará com investimentos de R$ 300 milhões e inclui 52 iniciativas que serão executadas a curto, médio e longo prazo", diz, citando que, entre os itens que estão sendo analisados, está a proteção contra ondas e inundações por eventos externos --exatamente a causa do acidente no Japão.

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